No último dia 6 de fevereiro chegaram ao Brasil o grupo de 8 Voluntários das IES Lassalistas que passaram 21 dias em Beira-Moçambique. Em virtude de diversos problemas técnicos, a atualização do blog não pôde ser realizada diariamente, no entanto, agora, passados alguns dias da chegada, desfeitas as malas e o coração voltando a respirar ares brasileiros, com muita saudade, o grupo partilha mais relatos, fatos, fotos, sensações deste período inesquecível da vida deste grupo!
Foto: Antônio
C. Grandini
Ao final de uma história contada, as
crianças prontamente colaboravam em recolher os papéis picados – tudo é
importante para elas, desde a nossa presença até o material utilizado, as atitudes
são sempre positivas para que a tarefa seja executada.
Voluntária
Cátia Müller orienta a atividade de criação de desenho sobre a história ouvida.
Foto:
Antonio C. Grandini
Voluntárias
Thayla Molina e Janete Schneider trilham corda para as crianças pularem – aqui
foi observada a dificuldade motora de algumas delas e outras com extrema
habilidade e sincronia nos pulos. A resistência física é algo que chama a
atenção, visto que muitas crianças atendidas pelo CEALS não se alimentam todos
os dias. Outra observação é que não adiantava entregar uma corda para que elas
brincassem, isso só ocorria quando os voluntários estavam junto com elas, há
necessidade de “estar junto” de alguém que as acolham e orientem as atividades.
Fotos: Antônio C. Grandini
Ir.
Silésio montou balanços de cordas e pneus para alegria geral das crianças. No
Centro, todos os brinquedos são necessários, pois, para muitas crianças, é o
único local em que elas têm algo para se divertirem. Há uma disputa para
usufruírem do espaço, dando-nos a sensação de que muitas têm medo de perder a
vez e não conseguirem dar sequer uma volta de balanço.
Brincadeiras
com a bola são muito atrativas para as crianças – a voluntária Janete Schneider
orienta atividades com ativa participação. Nosso olhar foi bastante atento aos
pequenos grupos (quando era possível) a fim de que todos tivessem chance de
participar e se sentissem valorizados.
Fotos:
Lúcia R. L. Rosa
Uma simples tarefa de montar quebra-cabeças tornava-se um grande desafio. Grande maioria das crianças tinham dificuldade em encontrar a sequência de formas e cores. Com a nossa observação e diálogo sobre a montagem feita, conseguíamos melhorar alguns jogos, para muitas, bastava fechar um quadrado ou retângulo, não importando o desenho formado. Percebia-se o pouco contato com desenhos e desafios lógicos, amenizados pouco a pouco pela nossa intervenção gradual, permitindo que refletissem e elaborassem hipóteses sobre o resultado final.
Foto: Antônio C. Grandini
A mera tarefa de distribuir água e um pequeno lanche demandava esforço na medida em que era preciso organizar fila(bicha) e garantir acesso a todos; lavar as mãos faz parte da aprendizagem (difícil hábito a ser implantado). Ir. Reinaldo, diretor do CEALS, auxiliado por voluntários orienta a higiene com muito carinho.
Foto: Cátia Müller
Participação em aula de Séries Iniciais na Escola João XXIII – voluntária Eliane Lirio interage com alunos.
Foto: Cátia Müller
Ir. Silésio sempre rodeado de crianças, carinho e atenção são os ingredientes principais para a convivência e a tentativa de melhorar a vida de quem nada possui de bens materiais. A facilidade de vivência em grupo é uma das características do povo moçambicano.
Fotografados por um morador de Beira, os voluntários, juntamente com o Ir. Reinaldo, experimentam a sensação de grandiosidade de um baobá – a árvore do Pequeno Príncipe também nos inspirava para seguir na caminhada.
Foto:
Cátia Müller
Montagem
de quebra-cabeças: embora fácil para um estudante em escolarização regular,
para os freqüentadores do Centro revelou-se muito complexo, cuja intervenção
liderada pela psicopedagoga Thayla Molina, foi crucial.
Fotos: Cátia Müller
Carina
Mallon conduz a participação das crianças na contação de história. Simples
gestos sincronizados precisam ser ensaiados com atenção. Após o ensaio, nunca
mais esquecem o que foi realizado, revelando prazer e emoção para além do
momento da história. A acadêmica de História tem propriedade para intensificar
e dar sentido aos mínimos gestos de nossas atividades, até mesmo para a mágica
de uma chuva colorida!
Foto:
Cátia Müller
Cuidar
da alimentação em situação de fome foi uma constante preocupação da voluntária
Eliane Lirio, de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso-Brasil, a acadêmica de
Direito trouxe também a vontade de recuperar a plantação de alimentos no Centro
Assistencial La Salle. A reativação da “machamba” foi realizada com intensidade!
Imagens
de carinho e atenção – jamais serão esquecidas as lições de vida aprendidas em
Moçambique:
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