quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A importância voluntariado!


Além do desenvolvimento pessoal, é possível obter ganhos para a carreira

Dedicar-se a algum trabalho voluntário pode ser significativo para sua carreira. As empresas valorizam este aspecto devido à mudança que esta atividade causa em quem a desenvolve e pela experiência adquirida. "Imagine uma pessoa que nunca teve contato com a realidade das favelas, hospitais públicos ou com as dificuldades de doenças graves e deficiências físicas ou mentais. Quando ela passa a conviver com isto, a visão de mundo muda completamente, ela descobre um outro universo", conta o coordenador do Centro de Estudos do Terceiro Setor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) de São Paulo, Luis Carlos Merege. Para ele, questionamentos nascidos desta descoberta provocam alterações também nos hábitos de consumo. "Muitos percebem que com sua renda mensal seria possível sustentar dez famílias".

Para a consultora de Recursos Humanos do Grupo Foco, empresa especializada em organizar processos seletivos de diversas companhias, Camila Leal Bolzan Diniz, ser voluntário conta pontos a favor do candidato na entrevista de emprego. "Pessoas que prestam esse tipo de serviço, geralmente são pró-ativas, trabalham bem em equipe e tendem a ser mais flexíveis", explica ela.

Mas Camila diz que embora as empresas prefiram os candidatos com trabalhos voluntários, é preciso ter cuidado ao contar essas experiências na hora da seleção, há muitos oportunistas. "Muitas pessoas que sabem dessa preferência dos empregadores, dizem que são voluntárias, mas ao serem perguntadas sobre o trabalho, não sabem responder, pois consideram uma visita a um orfanato feita há dois anos, por exemplo, um exemplo de voluntariado", conta Camila.
 
Benefícios em ajudar alguém: 
 
- É fácil encontrar quem precisa de ajuda: as ONGs (Organizações não-governamentais) atuam em várias áreas e têm demanda constante dos mais diversos profissionais. Não é difícil encontrar uma com um perfil que lhe interesse e que esteja fisicamente próxima de você.
- Você é quem define o tempo de dedicação: assim fica fácil conciliar com seus estudos. Mas atenção: é preciso ser responsável e manter o compromisso assumido com a entidade.
- É um bom momento para treinar o que você aprende: escolher uma atividade ligada à sua área é a melhor opção.
- Atuação mais abrangente do que num estágio convencional: na maioria das vezes, as estruturas são pequenas, nas quais quem trabalha realiza um pouco de tudo. A ampla visão de todos os aspectos da atuação profissional é extremamente positiva.
- Possibilidade de desenvolver projetos e colocar idéias em prática: em uma entidade, é muito mais simples colocar em prática novas idéias. Grandes empresas possuem processos decisórios mais longos e nem sempre estão abertas a inovações experimentais.
- Sentir que seu trabalho ajuda quem precisa: a intensidade varia de pessoa para pessoa, mas é fácil imaginar a satisfação de ver que seu trabalho está mudando, diretamente, a realidade de pessoas que precisam.
 
Ser voluntário exige alguns cuidados. Confira dez dicas

1. Todos podem ser voluntários: todos podem contribuir a partir da idéia de que o que cada um faz bem, pode fazer bem a alguém. O que conta é a motivação solidária, o desejo de ajudar, o prazer de se sentir útil. Muitos profissionais preferem colaborar em áreas fora de sua competência específica, exatamente para se abrir a novas experiências e vivências.
  2. Trabalho voluntário é uma via de mão dupla: Voluntariado é experiência espontânea, alegre, prazerosa, gratificante. O voluntário doa energia, tempo e talento mas ganha muitas coisas em troca: contato humano, convivência com pessoas diferentes, oportunidade de viver outras situações, aprender coisas novas, satisfação de se sentir útil.
  3. Voluntariado é uma relação humana, rica e solidária: Trabalho voluntário não é uma atividade fria, racional e impessoal. É contato humano, oportunidade para se fazer novos amigos, intercâmbio e aprendizado.
  4. No voluntariado, todos ganham: A ação voluntária visa a ajudar pessoas em dificuldade, resolver problemas sociais, melhorar a qualidade de vida da comunidade. Seu sentido é eminentemente positivo: ao mobilizar energias, recursos e competências em prol de ações de interesse coletivo, o voluntariado reforça a solidariedade social e contribui para a construção de uma sociedade mais justa e humana.  
5. Voluntariado é uma ação duradoura e com qualidade: A função do voluntariado não é tapar buracos nem compensar carências. Uma sociedade participante e responsável, capaz de agir por si mesma, não espera tudo do Estado, mas tampouco abre mão de cobrar do governo aquilo que só ele pode fazer.
 6. A ação voluntária é tão variada quanto as necessidades da comunidade: Tradicionalmente, no Brasil, o voluntariado se concentrou na área de saúde e no atendimento a pessoas carentes. O reconhecimento da urgência de ações nessas áreas não é contraditório com a valorização de novas possibilidades de voluntariado nas áreas de educação, atividades esportivas e culturais, proteção do meio ambiente etc. Cada necessidade social é uma oportunidade de ação voluntária.  
7. Voluntariado é ação: O voluntário é um pessoa criativa, decidida, solidária. No trabalho voluntário, não há cartórios nem monopólios. Não há hierarquia de prioridades. Não é preciso pedir licença a alguém, antes de começar a agir. Quem quer, vai e faz.
 8. Cada um é voluntário a seu modo: Alguns são capazes individualmente de identificar um problema, arregaçar as mangas e agir. Outros preferem atuar em grupo. Grupos de vizinhos, de amigos, de estudantes ou aposentados, de colegas de trabalho que se mobilizam para ajudar pessoas e comunidades. Por vezes, é uma instituição inteira que se mobiliza, seja ela um clube, uma igreja, uma entidade beneficente ou uma empresa.
 9. Voluntariado é escolha: Cada um contribui, na medida de suas possibilidades, com aquilo que sabe e quer fazer. Uns têm mais tempo livre, outros só dispõem de algumas poucas horas por semana. Alguns sabem exatamente onde ou com quem querem trabalhar. Outros estão prontos a ajudar no que for preciso, onde a necessidade é mais urgente. Cada compromisso assumido, no entanto, é para ser cumprido.
 10. Voluntariado é um fenômeno mundial: A escolha do ano de 2001, pelas Nações Unidas como Ano Internacional do Voluntariado, representa o reconhecimento internacional do voluntariado como fenômeno contemporâneo e global. Esta celebração é uma oportunidade a ser aproveitada para consolidar o voluntariado no Brasil como componente essencial de uma sociedade cada vez mais democrática e participativa.
 
* Artigo publicado no "Guia do Voluntariado", da Associação Tertio Millennio, de autoria de Miguel Darcy de Oliveira, Membro do Comitê Executivo do Conselho da Comunidade Solidária e Coordenador do Programa Voluntários do Conselho da Comunidade Solidária

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Imagens que falam!


 Separamos algumas imagens que relatam um pouco das experiências vividas no voluntariado em Moçambique.

Foto: Antônio C. Grandini

Foto: Antônio C. Grandini

Foto: Antônio C. Grandini

Foto: Antônio C. Grandini

Foto: Antônio C. Grandini

Foto: Carolina Schwaab

Foto: Antônio C. Grandini

Foto: Antônio C. Grandini

Foto: Antônio C. Grandini

Fotos: Lúcia R. L. Rosa

Foto: Cátia Muller

Foto: Cátia Muller

Fotos: Lúcia R. L. Rosa

Foto: Cátia Muller


Voluntariado em Moçambique: novamente, um sucesso!





No último dia 6 de fevereiro chegaram ao Brasil o grupo de 8 Voluntários das IES Lassalistas que passaram 21 dias em Beira-Moçambique. Em virtude de diversos problemas técnicos, a atualização do blog não pôde ser realizada diariamente, no entanto, agora, passados alguns dias da chegada, desfeitas as malas e o coração voltando a respirar ares brasileiros, com muita saudade, o grupo partilha mais relatos, fatos, fotos, sensações deste período inesquecível da vida deste grupo!



Atividades pedagógicas realizadas  com as crianças do Centro Social Assistencial La Salle






 




Foto: Antônio C. Grandini
Ao final de uma história contada, as crianças prontamente colaboravam em recolher os papéis picados – tudo é importante para elas, desde a nossa presença até o material utilizado, as atitudes são sempre positivas para que a tarefa seja executada.

Foto: Antônio C. Grandini
Voluntária Cátia Müller orienta a atividade de criação de desenho sobre a história ouvida.

Foto: Antonio C. Grandini

Voluntárias Thayla Molina e Janete Schneider trilham corda para as crianças pularem – aqui foi observada a dificuldade motora de algumas delas e outras com extrema habilidade e sincronia nos pulos. A resistência física é algo que chama a atenção, visto que muitas crianças atendidas pelo CEALS não se alimentam todos os dias. Outra observação é que não adiantava entregar uma corda para que elas brincassem, isso só ocorria quando os voluntários estavam junto com elas, há necessidade de “estar junto” de alguém que as acolham e orientem as atividades.




Fotos: Antônio C. Grandini
Ir. Silésio montou balanços de cordas e pneus para alegria geral das crianças. No Centro, todos os brinquedos são necessários, pois, para muitas crianças, é o único local em que elas têm algo para se divertirem. Há uma disputa para usufruírem do espaço, dando-nos a sensação de que muitas têm medo de perder a vez e não conseguirem dar sequer uma volta de balanço.
 





Foto: Antônio C. Grandini
 Brincadeiras com a bola são muito atrativas para as crianças – a voluntária Janete Schneider orienta atividades com ativa participação. Nosso olhar foi bastante atento aos pequenos grupos (quando era possível) a fim de que todos tivessem chance de participar e se sentissem valorizados.



Fotos: Lúcia R. L. Rosa









 






Uma simples tarefa de montar quebra-cabeças tornava-se um grande desafio. Grande maioria das crianças tinham dificuldade em encontrar a sequência de formas e cores. Com a nossa observação e diálogo sobre a montagem feita, conseguíamos melhorar alguns jogos, para muitas, bastava fechar um quadrado ou retângulo, não importando o desenho formado. Percebia-se o pouco contato com desenhos e desafios lógicos, amenizados pouco a pouco pela nossa intervenção gradual, permitindo que refletissem e elaborassem hipóteses sobre o resultado final.





Foto: Antônio C. Grandini

A mera tarefa de distribuir água e um pequeno lanche demandava esforço na medida em que era preciso organizar fila(bicha) e garantir acesso a todos; lavar as mãos faz parte da aprendizagem (difícil hábito a ser implantado). Ir. Reinaldo, diretor do CEALS, auxiliado por voluntários orienta a higiene com muito carinho.

 

Foto: Cátia Müller

Participação em aula de Séries Iniciais na Escola João XXIII – voluntária Eliane Lirio interage com alunos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: Cátia Müller

Ir. Silésio sempre rodeado de crianças, carinho e atenção são os ingredientes principais para a convivência e a tentativa de melhorar a vida de quem nada possui de bens materiais. A facilidade de vivência em grupo é uma das características do povo moçambicano.

 

Fotografados por um morador de Beira, os voluntários, juntamente com o Ir. Reinaldo, experimentam a sensação de grandiosidade de um baobá – a árvore do Pequeno Príncipe também nos inspirava para seguir na caminhada.

 









Foto: Cátia Müller
Montagem de quebra-cabeças: embora fácil para um estudante em escolarização regular, para os freqüentadores do Centro revelou-se muito complexo, cuja intervenção liderada pela psicopedagoga Thayla Molina, foi crucial.
Fotos: Cátia Müller
Carina Mallon conduz a participação das crianças na contação de história. Simples gestos sincronizados precisam ser ensaiados com atenção. Após o ensaio, nunca mais esquecem o que foi realizado, revelando prazer e emoção para além do momento da história. A acadêmica de História tem propriedade para intensificar e dar sentido aos mínimos gestos de nossas atividades, até mesmo para a mágica de uma chuva colorida!


Foto: Cátia Müller
Cuidar da alimentação em situação de fome foi uma constante preocupação da voluntária Eliane Lirio, de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso-Brasil, a acadêmica de Direito trouxe também a vontade de recuperar a plantação de alimentos no Centro Assistencial La Salle. A reativação da “machamba” foi realizada com intensidade!
Imagens de carinho e atenção – jamais serão esquecidas as lições de vida aprendidas em Moçambique: